
Impressões: i love Canadá!
por Ed Santos
Já havia morado nos Estados Unidos e na Suíca, mas fiquei impressionado quando cheguei ao Canadá, em 2003. A segurança e a tranquilidade de poder andar na rua são incomparáveis a qualquer outro lugar do mundo. Em 16 anos, em nenhum momento tive medo – sequer tenho chave de casa e meus carros “dormem” na minha driveway.
Acho esse ponto muito importante porque, infelizmente, no Brasil fomos obrigados e conviver com a cultura do medo e da insegurança: nos roubaram, não só a bolsa e a carteira, mas a alegria de ser feliz e acabamos nos habituando a andar nas ruas preocupados e alertas para qualquer eventualidade.
Além da segurança, o Canadá dá um verdadeiro show na saúde!
Minha cunhada veio do Brasil e trouxe com ela coqueluche. Eu contrai a doença e meus acessos de tosse ficaram cada vez piores, até que um dia desmaiei em casa e minha mulher ligou para o 911, solicitando uma ambulância. Em menos de dois minutos, os bombeiros estavam na minha casa prestando atendimento. Logo depois, chegou a ambulância que me levou ao hospital, onde fui medicado e liberado. Após dois dias, a saúde pública entrou em contato comigo para saber onde eu havia estado, com quem havia tido contato, explicando que eu deveria ficar longe de crianças e mulheres grávidas.
Aos três anos, Alek, meu filho mais novo, sentiu fortes dores na barriga. A mãe o levou ao hospital público (no Canadá, medicina privada é proibida) e em duas horas, ele foi diagnosticado com um câncer muito raro. Foram quase quatro meses de tratamento no hospital. Hoje, avalio com paixão pelo Canadá, tudo o que fizeram por ele. Até um especialista da Inglaterra foi trazido. Contamos ainda com a assistência de médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, palhaços, voluntários etc. Meu filho se curou da doença e nosso custo foi zero! O médico ainda identificou no meu carro um passe de pedágio e o hospital queria me reembolsar as despesas com as eventuais fugidas que eu dava para ir em casa ou ao trabalho – claro que não aceitei.
O Canadá é um país justo, honesto, com uma sociedade unida pelo bem comum, exemplo para o mundo de nação, de liberdade e de possibilidade de sucesso. Cheguei aqui com míseros US$ 15 mil e, em 16 anos, acumulei uma pequena fortuna, resultado de um trabalho sério. Estou determinado a deixar para meus filhos um exemplo de integridade e sucesso, ajudando outras famílias a serem bem sucedidas no país.