O QUE VOCÊ PODE FAZER POR UM MUNDO MELHOR? Reclamar e apontar culpados é fácil, mas ser socialmente responsável, bem mais trabalhoso!
Há momentos em que temos a impressão de que o mundo vai de mal a pior, e que alguém deveria fazer alguma coisa a respeito, urgentemente. Criticamos o governo, a mídia, os bancos, o sistema, os políticos, as instituições e as outras pessoas em geral, provavelmente com razão. Falta educação, civilidade, responsabilidade e consciência social, em todos os níveis.
Aparentemente, há pouco que possamos fazer a esse respeito, e isso é aflitivo. Entretanto, é raro fazermos uma autocrítica.
Reclamar e apontar culpados é fácil, mas ser socialmente responsável é bem mais trabalhoso.
Há que separar o lixo reciclável, tomar banhos breves e manter as torneiras fechadas enquanto escova os dentes ou ensaboa a louça, andar a pé ou utilizar transporte público, praticar o consumo consciente, monitorar a atividade dos políticos em quem votou e cobrar suas promessas utilizando os canais adequados, participar da gestão do condomínio em que reside, se preocupar com o bem estar dos outros, aceitar a diversidade, denunciar formalmente ocorrências indevidas aos canais competentes (fazer um post indignado nas redes sociais não resolve nada), cumprir suas obrigações e compromissos, e todas as outras coisas que cabem a uma pessoa responsável.
E também temos uma grande lista de não-fazeres, como parar o carro em fila dupla ou em vagas reservadas “só um minutinho”, impor seu gosto musical para os vizinhos (em casa ou na praia), desrespeitar as regras do condomínio só uma vez porque todo mundo faz isso mesmo, dar um “jeitinho” para resolver um problema ou receber um tratamento diferenciado, levar seu pet para lugares não permitidos ou deixar de recolher seus dejetos das calçadas e jardins públicos ou alheios, chegar com atraso, descumprir compromissos, impor suas crenças, expor seus preconceitos, ofender, desrespeitar ou, simplesmente, tratar mal outras pessoas, e todas as outras coisas que podem prejudicar o próximo.
As duas listas de exemplos foram breves e não
exaustivas, mas sou capaz de apostar que você, que me
lê agora, já deve ter falhado algum desses poucos itens.
E é fácil reconhecer que, simplificando ainda mais, se todas as pessoas cumprissem com suas responsabilidades, seguissem as regras combinadas e fossem gentis, o mundo seria um lugar muito melhor para se viver.
Ocorre que a única pessoa de quem podemos exigir esse bom comportamento somos nós mesmos.
Nesse ponto, talvez você me diga que não vale a pena o esforço quando os outros não colaboram.
Mas, se você inspirar duas pessoas com o seu exemplo de civilidade, e cada uma dessas duas pessoas inspirar outras duas, sucessivamente, teremos uma pandemia civilizadora que, muito rapidamente, contaminará toda a sociedade.
Que tal começar a espalhar esse vírus da responsabilidade social?