
Quando relaxamos, praticando atividades que nos engrandeçam espiritualmente e nos entretenham de forma positiva, percebemos que ela está em nosso interior.
Bem Estar
por Isabel Liberalquino
Não é uma tarefa fácil firmar a identidade de si mesmo na vida agitada e repleta de conflitos dos dias de hoje. O ser humano encontra-se em um mar de possibilidades indefinidas buscando classificar-se, pertencer-se.
Quando nessa tentativa de investigação de si mesmo e dos grupos aos quais podemos fazer parte, seguimos para o extremo da âncora de apoio ou segurança social, esbarramos no abismo de ideias e classificações ainda em processo de definição, que muitas vezes nos encaminham para padrões destrutivos da nossa própria natureza. Porém, quando relaxamos, dando tempo a nós mesmos com atividades que nos engrandeçam espiritualmente, nos acalmem ou nos entretenham de forma positiva, percebemos que a identidade está no nosso interior e não em algum tipo de imposição externa.
Ao aprendermos a explorar e olhar com mais profundidade os espaços internos de nós mesmos, criamos confiança e segurança para avançar nas experiências pessoais de nossas vidas. Seja você mesmo e não o que o outro quer ou impõe que você seja.
A fonte de segurança também está em mergulhar no seu espaço interno profundo. Olhar para si mesmo com atenção e sem distrações ao que possa ver ou sentir. A verdadeira identidade também é definida pela permanência em estados de silêncio e aquietação da mente e do corpo.
Vamos fazer um exercício: observe o modo como você fala e veja se gosta das observações que diz. Então, procure reconhecer sua identidade e firmá-la, não apenas baseado no que se capacitou intelectualmente, mas também no que realmente sente de sua natureza interior espontânea.
Não há proteção interna maior do que ser sincero consigo mesmo, estando em sua própria presença. Dessa forma, a gentileza, a paciência e a generosidade estarão na sua expressão: no sorriso, na leveza e na abertura a opiniões diversas e até opostas ao que você pensa e acredita.
Sinta-se, portanto, dentro de seu próprio coração. Vibre a sensação de espaço interno e infinito. E, quando você fizer uma conexão com seu interior, se sentirá feliz na presença de um grande e inseparável amigo, que é você mesmo.