
Senac Campinas reúne produtores locais para capacitações e rodada de negócios no Sabor de SP
- por Mary de Aquino
O programa de valorização da gastronomia Paulista no Sabor de São Paulo do Senac Campinas, aconteceu dia 21 (sexta-feira), contou com a presença de produtores, estudantes, empresários, chefs de cozinha, jornalistas e curiosos.
Georges Schnyder sócio-fundador do Mundo Mesa, explicou que a função do Mundo Mesa é desenvolver a gastronomia através do território.
A palestra – O Programa Sabor de São Paulo de Christine Fuchs da Setur SP, lembrou que a rota gastronômica do Estado de São Paulo começou em 2020, no auge da pandemia e segue sendo um sucesso, reflexo de muito trabalho para o desenvolvimento econômico das regiões.
Fuchs reforçou para o produtor local a importância da legislação, da capacitação e do receber bem o turista.

Camila de Morais, de projetos setoriais da região de Campinas do SEBRAE, que engloba 18 municípios, palestrou com o tema: Sabor, Saber e Emprender – Uma viagem sobre o empreendedorismo na gastronomia. Explicou sobre tendências, gastronomia e produção.
Dentro da sustentabilidade, ética e propósito, ela transcorreu sobre redução no desperdício de alimentos, diminuição na geração e a forma correta de descarte ou reaproveitamento dos resíduos, redução do consumo de água, proteção da natureza, valorização da agricultura familiar, pecuaria responsável, cardápios enxutos.
Ainda valorizou a necessidade de estar atento às tendências e boas práticas na gestão de negócios.
No quesito saudabilidade e bem-estar, o empresário precisa pensar nas pessoas que possuem intolerância a lactose, nos alérgicos, celíacos, diabéticos, os que optam para não consumirem animais e seus derivados ou até mesmo bebida alcoólica.
O treinamento para a enaltecimento da produção local.
Morais destacou a sensorialidade e o prazer, que é o quê traz experiência memorável, única, harmonia, receita, ingredientes, e estabelece sentimentos e história dentro do que se produz.
Entre outros pilares, a palestrante destacou a confiabilidade e qualidade, e ainda falou em gestão de negócios, como investimento em fé no empreendimento, parcerias e controle de estoque. Para ela é importante a loja física, divulgar, desenvolver comportamentos empreendedores, que nada mais é do que colocar em prática o que se adquire em conhecimento.
Na palestra de João Gustavo Loureiro, diretor do CIPO e CIPOA, coordenador substituto da CDA, ele usou sua voz para explicar um pouco sobre normas de inspeção: Novos enfoques no Serviço de Inspeção de São Paulo (SISP) para os produtores artesanais.
Sobre a responsabilidade da inspeção dos produtos de origem animal, Loureiro explicou sobre os selos:
-Municipal – SIMl – comércio intramunicipal;
-Estadual – SIE e SISP do comércio intraestadual;
-Federal – SIF do nacional ao internacional;
Loureiro discursou sobre o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI).

Vinícius Thomazetto da Cachaça Porto Brasil foi convidado por João Gustavo Loureiro para falar sobre os impasses sobre a regulamentação frente ao MAPA, que é um órgão do governo federal responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor.
Thomazetto relatou a dificuldade de manter o produto exclusivo, com produção em pequena escala e de modo artesanal, pois os custos para a formalização acabam sendo altos e inviáveis para o pequeno produtor rural de produtos artesanais.
Hoje existe uma tendência entre os produtores rurais na Rota Gastronômica Circuito das Águas Paulista, Bem Viver e Roteiro dos Bandeirantes, o perfil de se manterem com uma produção pequena e artesanal, repelindo o industrial e em grande escala. Consideram um diferencial de qualidade e exclusividade.
Wilson Canelas, que é assistente técnico-administrativo na Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento – São Paulo, se apresentou com a temática de Turismo Rural.
Palestrou sobre O Projetor de Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista, e também sobre o FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista.
Gregory Andrade da Setur SP, argumentou com o assunto – Crédito para Inovação do seu negócio, esclareceu a indispensabilidade do Cadastur, que é a formalização e a legalização dos prestadores de serviços turísticos no Brasil. O registro é indispensável para quem deseja obter linhas de créditos na Caixa.
O Desenvolve SP, que é o banco de fomento do governo de São Paulo, administrado pela Secretária de Desenvolvimento Econômico, e que geri o
Banco do Povo.
Segundo Andrade a Setur pretende organizar os informais, as finanças e estruturar os negócios do pequeno produtor, pois regulamentar os que estão na informalidade é um dos objetivos da Setur SP.
O estado de São Paulo tem 47 regiões turísticas e a contribuição e orientação do Desenvolve SP, SEBRAE -SP e INVESTSP para capacitar os polos turísticos.
Na palestra sobre o Território “Sabores SP” ministrado por Adriana Verdi da SAA e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Ela sugere alianças através de relacionamentos, ferramentas de desenvolvimento territorial, políticas públicas que trabalham no desenvolvimento uma região.
“O pequeno produtor tem que ser anti-commodity, o produto tem que ter um diferencial, o território agrega valor e é preciso se unir aos chefs de cozinha”, sugere Verdi.

Roberto de Lucena, secretário de turismo do estado de São Paulo, participou da aula show da confeiteira e apresentadora Carole Crema, que é madrinha da rota gastronômica polo 4.
O programa Sabor de São Paulo existe há 10 anos, mapeou 28 regiões turísticos, e é a primeira etapa entre dez etapas do projeto que irá até março 2024. Nesta nova edição o programa oferece press trip, capacitação regional.