Não basta apenas nos imunizarmos tomando uma, duas, três ou mais doses de vacina. O ser humano precisa, além disso, evoluir para mudar a forma automatizada e robótica de sua existência!
Bem estar
por Isabel Liberalquino
Se a pandemia nos trouxe, de um lado, a limitação dos espaços externos, do outro empurrou-nos para a expansão de nossa visão interna, mais humana, mais criativa, mais inventiva.
Veio, assim, a necessidade de desenvolver a consciência holística, o autoconhecimento, a solidariedade, uma vez que tais ferramentas contribuem para a cura de todos.
A consciência holística convida a ciência, a filosofia, a religião, a psicologia e o hermetismo a caminharem de mãos dadas, para que as terapias alternativas milenares, como a ioga, a meditação e outras similares exerçam seu papel na construção de um novo ser humano, capaz de reconhecer que ele mesmo pode ser um tijolinho na construção de um novo mundo.
Sabemos que as doenças psíquicas – mentais e emocionais – irão aumentar cada vez mais e necessitam ser tratadas não somente com medicamentos
alopáticos. Há muitos estudos que apontam novos caminhos para a cura, sendo alguns ligados à alimentação, aos fitoterápicos, a exercícios e à mudança de pensamento, de postura diante dos desafios e também à mudança de ambiente.
O ano 2022 nos convida a refletir e a nos preparar para mudar nossos paradigmas, nosso comportamento em relação ao mundo, às instituições sociais e à vida.
Tornou-se fundamental a participação conjunta em favor da vida, da preservação da raça e das espécies como um todo, pois só assim nos permitimos avançar para um crescimento consciente do planeta e de sua cura.
Não basta apenas nos imunizarmos tomando uma, duas, três ou mais doses de vacina. O ser humano precisa, além disso, educar-se e evoluir para mudar a forma automatizada e robótica de sua existência, alterando os hábitos e padrões reativos, deixando de ser instintivo, compulsivo, pois dessa maneira a vida se torna um caminho para os vícios e para as novas paranoias.
O capitalismo e o materialismo não são a solução para minimizar ou dissipar os sofrimentos humanos, como a depressão e as angústias geradas pelas frustrações e a falta de perspectivas.
Somos seres em evolução e não máquinas programadas para a produção em massa ou para mudar de uma situação para outra sem sofrer algum impacto, seja este positivo ou negativo.
Podemos viver, pensar, sentir e seguir na direção da luz. Afinal, estamos conectados com esse grande espaço luminoso
que é a fonte divina.
Portanto, convém que cada um de nós contribua para que sua inteligência, seu saber, sua vontade e seu respeito ao próximo se unam no fluxo de abundância que ajuda a preservar a natureza, a vida dos seres que nela habitam, enfim, cuidar do planeta como quem cuida de sua casa.
Não se constrói uma casa sozinho. São necessárias muitas pessoas para a execução de um projeto. A propósito, cabe lembrar aqui alguns versos do poema Tecendo a manhã, de João Cabral de Melo Neto:
“Um galo sozinho não tece uma manhã: Ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele E o lance a outros de um outro galo Que apanhe o grito que um galo antes E o lance a outros e de outros galos Que muitos outros galos se cruzem Os fios de sol de seus gritos de galo
Para que a manhã, desde uma teia tênue Se vá tecendo entre todos os galos (…)”
Sabemos que todos os elementos da natureza são\ espíritos vivos com corpos e mentes em ação. Se são atacados brutalmente pelos humanos, eles reagem com todos os seus recursos e leis, causando desastres
naturais para limpar o que o humano não se permite aprender a fazer. Vamos nos unir, comungar, compartilhar, somar e progredir juntos para que possamos tecer a manhã de um novo tempo.
Que essa seja a proposta para este 2022: levar nossa energia na direção e construção de novas possibilidades que tragam prosperidade e saúde para todos. Abramos nossos corações e ampliemos nossa visão.
Boa viagem!
Namastê!!!