
Vamos caminhar juntos para evoluir como seres humanos, pois não poderemos conter os avanços de doenças e outras degenerações se não alterarmos a destruição sem precedentes da natureza!
Bem Estar
por Isabel Liberalquino
Este é um grande momento para todos nós. Diante de uma travessia de conceitos, valores e, sobre-tudo, de consciência evolutiva podemos mudar as vibrações e o ritmo que nosso planeta se encontra.
Os elementos tóxicos, como o egoísmo e o materialismo extremos, não nos ajudam a avançar como espécie e nem a crescer como sociedade compassiva. Crescer é respeitar e se responsabilizar por todos os nossos atos, pensamentos e expressões.
Como seres humanos, deveríamos obter a graça de usar nossos potenciais para contribuir com a natureza, potencializando mais as riquezas e belezas de nossas vidas. Em vez disso, grande parte dos seres humanos faz uso dos recursos naturais e da inteligência racional para o desenvolvimento de venenos, bombas e armamentos.
Vamos viver uma vida orgânica!
Dependemos da natureza para tudo, da nossa respiração a nossa alimentação. E se verificamos profundamente, notaremos que não somos seres independentes dos demais, somos todos dependentes uns dos outros de alguma maneira, seja em algum ponto de uma linha de produção de qualquer objeto, comida, ou mesmo de uma distribuição de serviço.
Portanto, somos indivíduos que, de uma forma ou de outra, estamos ligados com o todo, com capacidades próprias infinitas de inteligência para servir uns aos outros, a natureza, o meio ambiente e o planeta de forma emocional e racional mais humanitária.
A natureza é um sistema vivo e pulsante que, como nós, sofre com todas as espécies de atrocidades que recebe do materialismo desenfreado em prol de uma suposta modernidade ou desenvolvimentismo. Como falar de evolução e progresso, quando percebemos o acréscimo exponencial de populações humanas em detrimento da extinção de biomas, de centenas de outras espécies animais, da destruição da biodiversidade natural do planeta, da poluição dos rios, da devastação de florestas que são nossas bases ancestrais e nossa fonte de vida até hoje?
Sabemos que a necessidade de transformação do meio ambiente é inerente ao desenvolvimento da adaptabilidade do ser humano. Onde nós criamos raízes ao longo do tempo, não apenas nos adaptamos, mas também procuramos adaptar o meio para o nosso conforto e segurança. E com isso, muito foi destruído em detrimento da nossa suposta evolução.
Até determinado ponto histórico, parece que ter havido um certo equilíbrio nesse processo, mesmo que a balança se mostrasse levemente pendente para as transformações geradas pela humanidade. Porém, os últimos séculos representaram uma guinada potencial de destruição da natureza em relação ao que precisamos extrair dela para sobrevivermos.
Nas grandes cidades, por exemplo, a derrubada de árvores centenárias e de áreas vegetais supostamente protegidas que poderiam servir até ao entretenimento social, como formação de parques e praças, são para a construção de novos prédios e arranha-céus.
Os lixos e os poluentes químicos estão por toda a parte em embalagens não recicláveis, nos pequenos e grandes objetos consumidos no dia a dia. E muitas vezes quando poderiam ser transformados, não são recolhidos de forma eficiente, tornando-se veneno até em lixões nos arredores das grandes cidades.
Onde vamos parar? Qual é o fim de uma evolução que destrói o que sustenta a consciência da própria vida? Podemos fazer um exercício de reflexão e tentarmos compreender da onde vem a manutenção da vida. Podemos viajar para esses lugares, inclusive. Fazermos uma viagem para a natureza para percebermos a força e a beleza desses mananciais de vida. Aqui no Brasil, por exemplo, são dezenas, para não falar de centenas de opções: cachoeiras, florestas, praias, campos; temos a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, o cerrado, o sertão, as chapadas Diamantina, dos Guimarães, Tocantins, as cataratas de Iguaçu, os cânions do Sul do Brasil. E então será muito provável que percebamos que não somos seres “frios” gerados em laboratórios. Somos indivíduos nascidos de outros seres, com contato direto com a natureza. Que nossa matéria prima, nosso alimento é o próprio meio ambiente.
E a partir daí compreendemos nossa história e podemos nos transformar também em cidadãos, prestando atenção a costumes e hábitos que poderíamos fazer, cada um de nós em relação à preservação ambiental, à fiscalização de leis que protejam de alguma forma o tesouro natural desse nosso planeta.
Vamos caminhar juntos para evoluir como seres humanos e consequentemente como sociedade, pois não poderemos conter os avanços de doenças e outras degenerações se não alterarmos os obscurecimentos mentais e a destruição ignorante sem precedentes da natureza.
Quando viajarmos, vamos lembrar de aproveitar os lugares sem causar a destruição aos biomas. Ao ir à praia, ou a uma trilha, por exemplo, levemos um saquinho para nosso lixo. Guardemos esse saquinho até encontrarmos um lixo adequado para descartá-lo.
Acabamos sendo criadores e vítimas de nossas atitudes e do que está a nossa volta. O lixo que jogamos no lugar errado trará transformações a esse meio que, de alguma forma, nos influenciará em algum momento da nossa vida atual.
Nas grandes cidades, vivemos cercados de muros altos que muitas vezes não nos deixam ver a vida lá fora. Podemos meditar como esse tipo de existência nos impulsiona até a deixarmos de querer vê-la, talvez porque isso até implicaria em se responsabilizar a fazer uma transformação.
Podemos nos impulsionar, vencer essas divisões, passear mais, viajar mais e estar mais conscientes de que tudo que nos cerca é vida: dos insetos que nos tiram a paciência às árvores das ruas e das florestas, os pássaros, o pet do vizinho, a grama carcomida da praça no fim da rua.
Façamos valer o plantio de um novo tempo de humanização, gentileza, generosidade, fraternidade e sentimentos de união com todos os seres. E se existir mais um momento, faça com que ele seja o agora e o sempre. Comprometa-se a não ser conivente com as devastações extremas e à poluição de toda a natureza.
Cada um de nós tem um período curto de vida nesse planeta. Quando viajamos para regiões naturais, percebemos claramente isso. Como ver as cataratas de Iguaçu e não se emocionar com a grandeza delas? Como estar em uma floresta e não perceber o seu poder ancestral em relação a nós mesmos?
Vamos conhecer, viajar e preservar tudo isso, da forma que pudermos. Seja fazendo nossa parte, seja denunciando aquilo que pode estar sendo destrutivo.
Acordemos e despertemos do sono das ilusões.
Viaje com segurança, consciência e muito amor. Aproveite todas as belezas que a natureza nos mostra em todo o planeta!
Conheça a sua casa, contemplando as maravilhas desse mundo sem destruir a sua grandeza e beleza.
Boa viagem. Namastê!