Quem, de fato, escolhe a felicidade e a liberdade no amor? Quando você terá a tão sonhada paz de espírito? Ou será que essa sensação ficou apenas numa expressão vazia da palavra?
• por Isabel Liberalquino
Como podemos utilizar nossos recursos naturais como fontes de transformação e iluminação? Essas ferramentas são pouco estimuladas, pois nos falta a percepção sincera de nós mesmos diante de nossas vidas e do que está a nossa volta. Se zermos uma verdadeira busca interior, perceberemos que pouco nos conhecemos e sabemos sobre o que são nossas escolhas, decisões e o que desencadeia nossas emoções.
Nossas percepções, muitas vezes, estão vedadas por conceitos lógicos que nos turvam a intuição, dando espaço às ilusões. O que, de fato, nos move estar vivos? Será apenas saber sobre o mundo das notícias? Há uma in nidade de manifestações vividas surgindo a todo instante. A criação, que parece começar em nós, se estende por toda a natureza e universo e pode- mos nos abrir em relação a essa grandiosidade.
Há distintas manifestações de vida em todos os níveis, dos microscópios aos etéreos. Somos todos interconectados pelas vibrações em uma ou outra frequência. Mas por falta de uma visão mais abrangente, perdemos a con ança, nos deixamos ser manipulados pelos valores de uma existência nita e perturbadora que nos impedem de ver tudo que nos cerca de maneira mais ampla.
Abra seu coração e sinta sua sensibilidade humana, tente conectar-se com sua respiração mais profunda, sinta-se progressivamente ampliando de forma lúcida sua atenção com leveza, assim você sentirá o silêncio e seus ouvidos estarão abertos aos sons mais sutis.
Com toda a vontade se manifestando, as causas do sofrimentos aparecerão, mas se dissiparão abrindo espaço para a alegria. Essa dinâmica não surge do conhecimento teórico, mas do essencialmente prático.
Nós somos bombardeados a olhar todos os fenômenos pelos rótulos, etiquetas e marcas conceituais e acabamos
por transportar esse processo para nossas relações, mantendo os mesmos padrões, mesmo que isso resulte na consequência de infelicidade confundida com felicidade.
A reprodução dos atos da vida “vendidos” como ideais pode ser castradora à revolução da consciência. Da mesma forma, as emoções são minadas pela moral equivoca- da das tradições impostas e das crenças. Quem, de fato, escolhe a felicidade e a liberdade no amor? Quando você terá a tão sonhada paz de espírito? Ou será que essa sensação ficou apenas numa expressão vazia da palavra?
Na vasta expansão da vida esse vazio será difícil de ser preenchido, a menos que a coragem o impulsione a uma transformação e você vença os medos, principalmente o de perder qualquer suposta segurança de estabilidade.
A obsessão, a loucura estimulada pelas ocupações e satisfação de desejos para distrair o ego é interminável e marca uma era devastada pelas doenças mentais e nervosas uma maneira assustadora de se viver. Mas, no decorrer da vida sempre temos a possibilidade de sermos acordados dos sonhos que outrora foram os cenários do sofrimento e de prisões emocionais.
Conecte a força de sua espiritualidade no caminho ascendente da luz na sua própria escuridão, assim você poderá despertar a profunda alegria e não estará mais à deriva do abismo do ego; viverá com ele, porém não mais como escravo e sim como seu dono. Estabeleça a conexão com as forças de luz.
Namastê!