Bolsa de viagens
por Fabio Steinberg
MAIS TOMADAS, POR FAVOR!
Com o crescimento do número de dispositivos eletrônicos trazidos em viagem, os hotéis enfrentam um novo tipo de desafio. Precisam encontrar formas de incorporar mais pontos USB de recarga nas instalações. Hoje esses itens se tornaram até mais requisitados que as tradicionais tomadas de três pontas, usadas na quase extinta era dos notebooks. Um único hóspede pode ter de três a quatro equipamentos – número se multiplica quando se trata de casais e famílias. Como se não bastasse, os contínuos avanços tecnológicos alteram constantemente os tipos de entrada dos cabos para recarga dos smartphones. Isso obriga os hotéis a atualizações frequentes das tomadas, que não são mais escondidas atrás dos móveis como antes. Hoje, precisam ser instaladas em locais fáceis de serem vistas pelos usuários.
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Taxistas das arábias
Uber desenvolveu solução sob medida para atender aos rígidos padrões de separação de sexos adotada na Arábia Saudita. Lá, como em outras cidades de origem árabe do Oriente Médio, não é comum mulheres viajarem em táxis dirigidos por homens. Mas, o contrário também ocorre. Uma pesquisa com motoristas do sexo feminino confirmou que 74% não queriam receber passageiros homens em seus veículos. A empresa desenvolveu então um app que permite às taxistas mulheres evitar o atendimento a passageiros masculinos. O sistema consegue distinguir e selecionar os clientes nas proximidades com base no seu gênero. A presença de mulheres que dirigem para a Uber é muito recente. Veio junto com a conquista em 2018 de elas poderem dirigir. Hoje já existem na Arábia Saudita 2 mil mulheres taxistas.
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O VAPE AVANCA PELO MUNDO
Na busca de alternativas menos prejudiciais à saúde que o cigarro surgiu o vape. Trata-se de um vaporizador eletrônico que lembra o ancestral naguilé, só que sem fumaça ou cheiro desagradável. Hoje estima-se ser utilizado por 50 milhões de pessoas no mundo, em uma indústria que, junto com o cigarro eletrônico, já ultrapassa US$ 23 bilhões. De tão recente, nem deu tempo para os países criarem leis para regular o uso. Na Europa não há maiores problemas, mas é bom evitar seu consumo na Turquia. Na América do Sul, costuma ser tolerado. Já na Ásia o risco é imenso. Os mais radicais são a Tailândia (até dez anos de prisão) e Cingapura (multas de até US$ 5 mil). O vape tampouco é tolerado em Brunei, Camboja, Indonésia, Malásia, Filipinas e Taiwan. Também convém não brincar com o perigo na Índia, Jordânia, Líbano, Oman, Qatar e Emirados Árabes. No mundo ocidental, a coisa é em geral mais tranquila. Mas cuidado com os Estados Unidos, pois cada estado criou sua própria lei.
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ÁSIA DOMINA ROTAS
DE VOO MAIS FREQUENTES
Não fica nem nos Estados Unidos nem na Europa a rota internacional mais movimentada do mundo. Ela está na Ásia, que hoje lidera neste quesito, segundo a OAG Aviation Worldwide. Trata-se do percurso de uma hora entre Kuala Lumpur, Malásia e Cingapura. São mais de 30 mil voos por ano, 82 por dia. Quase empata com o segundo co- locado, que é a ligação entre Hong Kong e Tapei, com cerca de 29 mil voos anuais. A América do Norte aparece apenas uma vez entre as dez mais: é entre Nova York e Toronto, com 17 mil voos por ano. Também nas rotas domésticas a Ásia domina, com a ligação entre Seul e Gimpo, Coréia do Sul, com impressionantes 80 mil voos anuais, 200 por dia. Para dar uma dimensão, é mais que o dobro da rota San Francisco-Los Angeles, na Califórnia (35 mil voos anuais).
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COSTAS MAIS ERETAS NOS AVIÕES
A Delta Air Lines quer reduzir pela metade o reclínio dos assentos dos seus voos de até duas horas. O que surpreende é a empresa afirmar que a nova configuração não é para economizar área, mas sim satisfazer aos passageiros. Com a medida, alega que vai haver mais espaço para assistir TV, surfar na internet, comer e beber. Cautelosa, a companhia aérea chama de “teste” esse movimento que vai atingir todas as classes. O reclínio de assentos é um tema muito discutível. Há passageiros que gostam e há os que reclamam da invasão de seu espaço. Essa é uma decisão de grande risco, mas a Delta conta com um trunfo. É considerada mais generosa que as concorrentes no que se refere à comida grátis, espaço para as pernas e poltronas mais largas. E já avisou: se a experiência não der certo, pode reverter a decisão.
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TURISTAS DISTRAÍDOS
Quais são os itens mais esquecidos em uma viagem? Escova de dentes, carregador de celular e meias, revela pesquisa da Minimus.biz. A lista não termina por aí. Fazem parte peças de vestuário, sapatos, itens de toalete e apliques de cabelo. Segundo o estudo, oito entre dez viajantes deixam algum item pessoal pelo caminho. A idade também influencia. Os mais jovens costumam esquecer coisas como comida, carregadores e meias. Já os mais velhos perdem mais medicamentos, máscaras de dormir e xampu. Por que isso acontece? “As pessoas tendem a esquecer algo se a atividade não fizer parte da rotina”, explica Douglas Scharre, diretor de neurologia cognitiva da Universidade de Ohio. “Nosso cérebro precisa fazer um esforço adicional para completar as tarefas quando uma rotina é interrompi- da, como é o caso de viagens”, ele completa.
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10 CIDADES MAIS CARAS DO MUNDO
Depois de disputar por cinco anos com Paris e Hong Kong o duvidoso título do custo de vida mais caro do mundo, Cingapura (foto) ganhou a liderança. É o que revela pesquisa da unidade de inteligência da Economist deste ano. Logo atrás, estão duas cidades suíças, Zurich e Genebra. Para chegar a essa conclusão, foram com- parados 160 produtos e serviços de 93 países. O estudo traz também um dado curioso sobre a Ásia. Apesar de três cidades do continente fazerem parte da lista do mais caros, é lá também que se encontram algumas das cidades mais baratas do mundo, como Bangalore, Chennai, Nova Delhi e Karachi. Confira o resultado: Cingapura • Paris• Hong Kong • Zurich • Genebra Osaka • Seul • Copenhagen • New York • Tel Aviv
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PARA ONDE VÃO OS AMERICANOS?
Em 2018 cerca de que 93 milhões de cidadãos norte- -americanos saíram em viagem. A maior parte deu um pulo nos vizinhos de cima, Canadá (14,3 milhões) e de baixo, México (36,9 milhões). O terceiro destino mais procurado foi a Europa (17,7 milhões). Já a América do Sul, o que inclui o Brasil, recebeu apenas 2,1 milhões. Só ganhou da Oceania (861 mil) e África (432 mil).